domingo, 19 de novembro de 2017

Reflexões adiantadas - 1

    Talvez seja um pouco cedo para uma reflexão anual, mas talvez seja inevitável fazer logo isso, considerando que este ano durou 84 anos. Ou talvez seja só momento de lembrar que reflexões são diárias e constantes e é ilusão pensar que há um momento definido pra elas.
    Se eu fosse pensar na minha maior descoberta do ano, talvez seja a confirmação de que é pequena a minha disposição pra sair por aí escrotizando as pessoas. Foi um ano lindo, de descoberta de poderes, e eles não foram usados pra diminuir as pessoas! Isso legitima as minhas conquistas, e afasta o medo de que as pessoas não gostem de mim quando eu tenho sucessos - principalmente pq agora estou mais convicta de que esse é o mesmo processo de quando não gostam de mim pq eu tenho fracassos: o processo de julgar as pessoas pela adequação. Tenho sucessos e fracassos, afinidades e estranhezas, e sou algo que está além de todas elas.
    Senti pressão para me adequar a muitas "cenas", e isso me ajudou a ressignificar a experiência do período escolar. Vou continuar circulando em todas em que (me) sentir (à) vontade, sem julgar quem não está nelas, nem fechar os olhos para os defeitos de quem está. Hj tenho certeza de q n vale a pena se esforçar pra se enquadrar num padrão só pq ele n é o padrão topzera. Padrão é padrão, e segregar as pessoas pelos pontos em que elas destoam deles é sempre a mesma coisa.
    (Não estou propondo achar td lindo, aceitar td, mas, se é pra sofrer as consequências de não me enquadrar, que seja um "não-enquadre" real, e não um grupo de cheerleader diferente).
    Começo o ano vendendo livros e panelas, alegria na mente a cada 15 pila; termino o ano vendendo meus próprios livros, q eu mesma escrevi. Não é mesmo lindo? Um ano de sofrimentos, desilusões, saúde prejudicada, atrapalhações surreais, mas um ano de força, de entender que eu não vou me tornar automaticamente arrogante se eu fizer coisas por mim msm, pq simplesmente n está em mim maltratar gratuitamente as pessoas.
   

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