segunda-feira, 25 de abril de 2016

O feijão e o sonho

Como que saída do livro de Orígenes Lessa, não podia deixar de pensar no quanto seria bom se verso enchesse barriga. Por mais que não vislumbrasse uma possibilidade real de que sua expressão pudesse lhe garantir o sustento, não podia deixar de pensar: "Não enche barriga???? Pois transborda barriga!!!" . Era sempre quando não cabia em si que transbordava para a escrita. Daí a compreensão da náusea sartreana. Não poderia mesmo entupir-se desta maneira, buscando fazer do que a enchia algo que fosse se converter em alimentos. Quando precisava escrever, era (, ao menos, um pouco,) de esvaziar-se que carecia.

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