quarta-feira, 30 de agosto de 2017

(Não pensei num título)

Foi-se o último dos erros
Terminam por agora os dissabores
(Como os daquela canção "Dolores")
Devo pintar-me com novas cores             
Em lugar de me prender a horrores
Mudo de ideia sem grandes urros

Não me disponho a adular macho babaca
Olho piedosa pra necessidade de atenção
Ainda assim, não me comove o coração
Não que eu proponha aqui um sermão
Nesta rima pobre, terminada em "ão"
Mas tem postura que me ataca

Me afronta um pouco tal modo de estar no mundo
Ainda que eu saiba o que é pesar profundo
Mas, nem mesmo por um único segundo
"Aparecer" se torna o objetivo (Acho imundo!)

Já não me escondo nem me deprecio
Porém não compartilho deste modo vadio
De, tal qual um cachorro no cio,
Querer sugar do outro algo pra manter o brio

Após olhar pra dentro, pro fundo,
Sigo achando desnecessário
Comportar-se como tal, otário
E lanço neste blog/diário
A percepção de que, na jornada diária
Mais que a corrida narcísica otária
Vale é a dedicação realmente necessária
À melhoria da vida no mundo.


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