Exposição. Funções de contato.
Como é difícil expressar-se, de fato,
ou angustiante ter conseguido,
depois de consumado o ato!
Esconder-se tem um motivo,
mesmo que pareça inadaptativo.
"Te escondas e perderás."
"Te mostra e perderás."
"Concorda e perderás."
"Revolte-se e perderás."
Pouco sobra, na espontaneidade,
além da certeza do "perderás!".
Perdíamos com a sinceridade
Perdemos agora com a mentira.
É donde vem a solução tacanha:
deve o homem executar a façanha
de omitir "revelando",
mostrar máscara sincera.
E ganhar algo, de matéria,
Sorrir da insatisfação etérea,
Pá de concreto e terra sobre a angústia
Do paradoxo de consequência(s) funérea(s)
Num manto falso manto de intelectual luxúria
esconder-se, ou no meio da(s) pilhéria(s)...
domingo, 28 de junho de 2015
sábado, 27 de junho de 2015
Stigmata
Ngm sabe da dor
do convívio c o outro
que se julga superior,
ignora-se as falhas e menospreza,
no maior desamor.
que se julga superior,
ignora-se as falhas e menospreza,
no maior desamor.
Dentro de mim mora um bicho antropofágico
Que me consome ao toque de alguns relatos,
Tem um bicho, só pode ter um bicho,
ao menos eh o que eu acho.
Que me consome ao toque de alguns relatos,
Tem um bicho, só pode ter um bicho,
ao menos eh o que eu acho.
N dá pra raciocinar na presença do bicho:
Uma só pontada de "X" eh melhor
(branco eh melhor, homem eh melhor, sulista eh melhor, sarado eh melhor, magro eh melhor, jovem eh melhor, casto eh melhor, hetero eh melhor, ateu eh melhor...)
Uma pontinha, e
"lembranças boas e racionalidade no lixo"!
Uma só pontada de "X" eh melhor
(branco eh melhor, homem eh melhor, sulista eh melhor, sarado eh melhor, magro eh melhor, jovem eh melhor, casto eh melhor, hetero eh melhor, ateu eh melhor...)
Uma pontinha, e
"lembranças boas e racionalidade no lixo"!
Tento compreender de onde vem a dor
Como eh a dor
("A dor é deveras dor?).
Como eh a dor
("A dor é deveras dor?).
Sem sucessos no domínio nem no conhecimento da dor.
Acorda-se diversas vezes em vão.
Estar insone n traz qqer solução.
Acorda-se diversas vezes em vão.
Estar insone n traz qqer solução.
Ngm sabe, nem eu.
Ngm sabe, só sente.
Ngm sabe, só dói.
Ngm sabe, só sente.
Ngm sabe, só dói.
(27 de junho, aeroporto de flonopx).
terça-feira, 16 de junho de 2015
Scars
Se for desferir um golpe contra as feridas de alguém, por favor não o faça no inverno:
É quando o frio faz doer de volta todas velhas cicatrizes, e ficamos mais sensíveis...
É quando o frio faz doer de volta todas velhas cicatrizes, e ficamos mais sensíveis...
sábado, 13 de junho de 2015
Crônicas do gelo - I
Em casa de moletom, touca e meia. Passam dois gaúchos (sotaque óbvio) pela minha janela.
- Um pouquinho de frio tu vai sentir, td mundo sente, é normal, mas hj como tá chovendo...
- Um pouquinho de frio tu vai sentir, td mundo sente, é normal, mas hj como tá chovendo...
Nem consegui ouvir o resto da conversa sobre temperatura da água. Que conceito de "pouquinho" e de "frio" será este? Principalmente ao observar que estão com pranchas, a caminho do mar?
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Soneto não-dodecassilábico do modo de repetição
(Rio ou Salvador, não sei. Pós-IX CONPSI. Meados de maio de 2015).
Algo ocorria, que lhe dava medo
Esforçava-se, mas não entendia,
Esperava compreender o que aconteceria
Os sinais de sempre: (h)ora chorava, (h)ora sorria
Aquilo que lhe acendia, tb consumia
Poucas as pistas daquele enredo
Por mais que quisesse, não adivinharia
E era dali que emanava o tal medo
Não era de sonhar cm aliança no dedo
Não punha no ouro qqer espécie de credo
E reconhecendo-se comovida, tarde ou cedo
Temia onde tudo terminaria
As semelhanças, eram muitas
E as dissonâncias, perturbadoras
E as semelhanças, consumidoras
E as dissonâncias, confortadoras
E as discordâncias, desoladoras
E as concordâncias, tb muitas...
Ao msm tempo em que lhe empurrava para frente
aquilo atava-lhe os pés
Seria possível não olhar de revés?
Conseguiria, na escrita, um olhar através?
Ah, a escrita! Melhor que 20 mil cafés pra entender quem tu és!
Respiração ofegante ao não enxergar o futuro que passa rente.
Algo ocorria, que lhe dava medo
Esforçava-se, mas não entendia,
Esperava compreender o que aconteceria
Os sinais de sempre: (h)ora chorava, (h)ora sorria
Aquilo que lhe acendia, tb consumia
Poucas as pistas daquele enredo
Por mais que quisesse, não adivinharia
E era dali que emanava o tal medo
Não era de sonhar cm aliança no dedo
Não punha no ouro qqer espécie de credo
E reconhecendo-se comovida, tarde ou cedo
Temia onde tudo terminaria
As semelhanças, eram muitas
E as dissonâncias, perturbadoras
E as semelhanças, consumidoras
E as dissonâncias, confortadoras
E as discordâncias, desoladoras
E as concordâncias, tb muitas...
Ao msm tempo em que lhe empurrava para frente
aquilo atava-lhe os pés
Seria possível não olhar de revés?
Conseguiria, na escrita, um olhar através?
Ah, a escrita! Melhor que 20 mil cafés pra entender quem tu és!
Respiração ofegante ao não enxergar o futuro que passa rente.
09/06, Rio de Janeiro.
"Eu sou o condutor André e esta é uma composição da linha 2, digo, da linha 1..." . Podia ser só um momento atrapalhado corriqueiro, mas é pura filosofia. Se nem o André, q é condutor, sabe, quem sou eu pra saber de antemão para onde estou conduzindo a minha vida?
Ainda em 10/06/15, agora no Campeche
Disseram que o frio chega amanhã. qdo se eh alergico ao sol, ir a praia e n acontecer nada de ruim eh tao maravilhoso q parece errado. Mas disseram q o frio chega amanhã, entao, td bem...
Retorno de personagem antigo do blog...
E eis que ao meu lado, no TiRio-TiTri, senta-se o menino do Colégio de Aplicação. "Será que ele existe? Será que o alucino?" - me pergunto. Eqto digito ele muda de banco e eu temo olhar pra trás e n o ver. Olho. Não há ângulo discreto q me proporcione boa visibilidade de td o ônibus. A ctz de q ele existe eh o q torna ainda maior o risco de esquizofrenia. A dúvida eh protetiva... (10/06/15)
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