E no meio do calor do novo bairro, vem o ônibus e estou com um panfleto no bolso do casaco. (Casacos servem pra me proteger do sol, como vcs bem sabem). O Castanheira via Gramal vem bem cheio de crianças saindo da escola, e eu não posso deixar de notar a pureza qdo uma delas me aborda com um "moça, não é bom deixar o dinheiro assim não". Pureza de achar que alguém ia deixar o dinheiro tão à mostra assim, num bolso frágil. Pureza de achar que uma senhora da minha idade teria essa pureza e precisaria ter essa inocência desvelada. Pureza de abordar uma estranha para ajudá-la; pureza. Não sei bem em que ponto de ser uma criança muito falante virei uma criança tímida, mas certamente sair falando abertamente com estranhos é algo que resgatei depois de tanto tanto tempo, mas não voltando à pureza, não deixando de ser essa pessoa tão tão desconfiada...
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Das crianças de Floripa
No intervalo entre o garoto do CAp/Ufsc e a senhora do fêmur, eu pensava em escrever sobre o garoto, qdo percebi que devia falar das crianças. Amanhã eu me mudo, aí não vou mais andar de patins com minhas amigas - uma de 9 e um de 5 anos - que tocam meu interfone me chamando pra "brincar". Eu, com 28 (agora 29) anos, joelheiras, munhequeiras e cotoveleiras, me lembrando de quando não usava equipamento de proteção de jeito nenhum e gostava de saltar de patins. Reencontrando uma Virgínia paleolítica quando as menininhas me dizem pra "fazer algo mais radical"...
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