Falta luz. "Essa é a deixa, vambora!... Ai, Luana, será que eu consigo chegar no metrô antes da chuva?" Poucos minutos foram necessários para que a resposta chegasse - NÃO!
Corro pela chuva crescente, quando percebo que já não é possível concretizar o plano inicial. Consigo chegar às barracas, e enquanto corro embaixo de suas lonas, e sinto banhado meu braço esquerdo, apesar da ventania decido pegar meu guarda-chuva, que não é o único a saltar para mim na ventania: uma nota de dez reais sai voando. Correndo enlouquecidamente na chuva intensa, avisto a nota pousar e levantar vôo algumas vezes até pousar trêmula num bueiro. Paro, estatelada, como se minha vagarosidade pudesse acalmar o vento para que ele não levasse a nota para longe (ou para dentro), consigo pegar a nota e entrar encharcada num metrô encharcante. Aliviada do calor e contente com a chuva, deslizo mansamente no metrô até o Maracanã, pronta pra renovada dose da gelada e refrescante chuva... e me deparo com um sol que faz parecer que eu nadei, de tão impossível que é imaginar que, ao mesmo tempo que faz aquele sol, em algum lugar, esteja chovendo tanto tanto tanto...
Nenhum comentário:
Postar um comentário