quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Outubro...

Dentro da categoria das figuraças de Floripa, bem perto das crianças do Campeche, hoje me deparei com o "moço dos pães". Sempre admiro com cautela as pessoas que pedem carona: sempre acho que, para não ter medo do que o motorista lhes pode fazer, é porque são não só corajosas e um pouco "confiadas", mas também perigosas, essas pessoas.
J´do portão avisto o rapaz, que atravessa quando atravesso a rua e me oferece pão. "Quer pão, moça? Tá quentinho...". (Portava um cesto cheio deles.)
Nego e trocamos poucas palavras sobre a hora do Castanheiras, a hora de agora e a falta de solidariedade das pessoas, que continuam passando e negando carona. "Tenho raiva desses playboyzinhos, olha só, um monte de carro com uma pessoa só...". 20 minutos e não sei quantos carros depois, uma moça o leva e me deixam pensando que acho que, como boa carioca, também não daria carona...
Um pouco de culpa por ter desconfiado dos pães, do moço, das caronas, e por tomar parte* neste mundo que cobra individualismo toma posse de mim...




(*"Tomar quadro", no original. Mas não sei bem de onde tirei tal expressão!)

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